domingo, 15 de setembro de 2013

Texto. Vandalismo no futebol

Vandalismo no futebol

Violência × futebol.

Este é um jogo duro, que já completou a maioridade. De meados dos anos 80 até hoje, parte dos torcedores freqüenta o noticiário policial. A violência é o grande adversário do futebol e pode comprometer sua dimensão de aproximação social e interação de culturas. Coisa séria, portanto.
As torcidas nasceram na década de 40 do século passado. Antes carnavalizadas, sua atuação era com cânticos e alegorias. Havia conflitos, mas localizados; a sociabilidade predominava. Os grupos violentos são do início de 1970 e foram se institucionalizando, até o meio dos 80, quando passaram a agredir nossas consciências com práticas constantes de violência. Nos anos 90, multiplicaram-se e agravaram-se as ocorrências. Apesar de minoritários, os vândalos são treinados em lutas marciais, armados e estruturados militarmente, em linhas de combate e tropas-de-choque, o que os faz muito perigosos.
Estes são aspectos importantes na avaliação do problema da violência entre as torcidas, como também na fixação de políticas de prevenção e repressão, nos estádios e arredores. O vandalismo tem sido notícia freqüente. Não se pode ter paternalismo nesses casos. Legislação e ação enérgicas! O problema, porém, é complexo demais para ser reduzido à repressão. Acabar com as uniformizadas? Não adianta proibi-las, sob a alegação de que muitas descambaram para a marginalidade. A experiência internacional e nacional  indica as medidas para que a violência não vença o futebol. Iniciativas de caráter educativo, preventivo e repressivo, a longo, médio e curto prazos, integradas, permanentes e atentas à cultura local, à criatividade e ao fator surpresa, itens essenciais em projetos de segurança pública.
(Adaptado de Mauricio Murad, O Estado de S. Paulo, Esportes, E8, 6 de agosto de 2006)


Fonte: prova de Auxiliar Judiciário -Área Serviços Gerais do órgão TRT 6ª, aplicada por FCC noano 2006.

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